É o começo de uma nova era para a Fiat. A marca finalmente entra no segmento de elétricos de forma mais competitiva com o novo Fiat 500, com uma plataforma dedicada e que foi projetado de forma que a fabricante não perca US$ 14 mil por unidade vendida (como era com o 500e anterior). O subcompacto é revelado oficialmente e chegará às lojas em 2020, tanto na Europa quanto no Brasil.
Apesar da cara parecer a mesma, ele é um carro totalmente novo. Na Europa, o Fiat 500 irá conviver com a geração anterior, que seguirá com motores a gasolina e a nova versão híbrida-leve de 48V. Para os outros mercados, o foco será na variante elétrica. E agora será produzido apenas em Turim (Itália).
As formas atemporais do 500 facilitaram a tarefa do Centro de Design em Turim, pois já tinha uma base para o modelo. Tanto é que não é difícil ver elementos das gerações passadas nele, como as colunas mais grossas, a carroceria arredondada e o friso na parte da frente (onde o "500" substitui o logo da Fiat). Ao mesmo tempo, ele parece mais moderno e refinado graças aos faróis em LED, a entrada de ar perfurada na parte de baixo do para-choque e o novo formato das maçanetas.
A traseira está mais arredondada e traz uma tampa do porta-malas com aspecto tridimensional, efeito causado pela área da placa de identificação. As lanternas, quando acesas, criam um desenho em forma de "E". O Fiat 500 elétrico foi revelado na variante conversível com teto de lona, mas também terá uma opção com teto rígido. Ambos têm dimensões maiores. O comprimento e a largura aumentaram 6 centímetros, atingindo 3,63 m e 1,69 m, respectivamente, enquanto o entre-eixos cresceu 2 cm.
Do lado de dentro, ele ficou ainda mais marcante, com linhas limpas e uma impressão de minimalismo. O painel tem uma tela sensível ao toque de 10,25" no estilo "flutuante", e com alguns poucos botões para o ar-condicionado logo abaixo do display. O cluster de instrumentos foi substituído por uma tela de 7". Outro detalhe que chama a atenção é que não tem alavanca de câmbio, usando botões que estão posicionados logo abaixo do ar-condicionado.
Também ganhou muito na parte de tecnologia. A central multimídia usa a nova geração do sistema, chamado Uconnect 5, sempre conectado à internet e capaz de comunicar-se com um smartphone. Ainda tem vários sistemas de auxílio como frenagem automática, monitor de ponto cego, sistema de permanência em faixa e controle de cruzeiro adaptativo.
Usando uma plataforma nova e sem uma transmissão passando na parte de baixo, o Fiat 500 elétrico pode receber um assoalho reto com as baterias de íon-lítio de 42 kWh, que alimentam o motor de 118 cv. A aceleração promete ser vigorosa, precisando de 3,1 segundos para chegar em 50 km/h e 9 segundos até os 100 km/h. A velocidade máxima é limitada a 150 km/h, para preservar a autonomia de até 320 km.
O 500 elétrico pode ser recarregado nas estações ultrarrápidas de 85 kW disponíveis na Europa, precisando de somente 5 minutos para recuperar 50 km de autonomia, ou 80% da carga total em 35 minutos. Em uma rede doméstica, o tempo para uma carga completa sobe para cerca de 14 horas, baixando para pouco mais de 6 horas com o uso de um Wallbox. Conta com três modos de condução: Normal, Range e Sherpa. O Range já ajusta o carro focando na autonomia, mas o Sherpa é o extremo, limitando a velocidade máxima para 80 km/h e desligando o ar-condicionado, para garantir que o carro vai chegar ao destino.
Os europeus já podem encomendar o Fiat 500 elétrico, na versão Launch Edition, limitada a 500 unidades e que custa 37.900 euros (aproximadamente R$ 190 mil). Traz faróis full-LED, assentos de couro ecológico, rodas de 17", frisos cromados nas janelas e laterais, painel digital com tela de 7", central multimídia de 10,25" e todos os auxílios de condução. A marca não falou sobre as demais versões.
A Fiat-Chrysler prepara-se para oferecer modelos eletrificados na América Latina. Antonio Filosa, presidente da marca na região, confirmou o lançamento de "um elétrico da Fiat" no Brasil no 2º semestre de 2020, deixando claro que será o Fiat 500. Ele será o primeiro eletrificado da empresa por aqui, seguido de perto pelo Jeep Renegade 4xe, versão híbrida plug-in do crossover, também prometida para este ano. Em 2021 será a vez do Compass 4xe e Wrangler 4xe. Pelo valor cobrado na Europa, o mais provável é que tenha preços próximos dos R$ 200 mil.
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