De acordo com uma matéria publicada nesta semana pela Reuters, a Ford e a Volkswagen afirmaram que uma disputa judicial entre a gigante coreana LG Chem e a SK Innovation pode afetar duramente o fornecimento de baterias para seus carros elétricos que serão produzidos nos Estados Unidos.
Tudo por causa de um conflito entre a LG Chem e a startup SK Innovation, onde a gigante produtora de baterias acusa a startup de roubo de propriedade intelectual. O processo judicial entre empresas coreanas está em andamento desde 2019, mas agora atingiu um novo nível.
A situação é delicada porque ambas as empresas estão se instalando nos Estados Unidos. A LG Chem está construindo uma fábrica em Ohio, onde serão produzidas baterias para os carros elétricos da General Motors. E a SK Innovation, por sua vez, está construindo uma fábrica na Geórgia para produzir baterias para a futura Ford F-150 além dos modelos elétricos da Volkswagen.
A LG e a GM estão exigindo a interrupção da obra da SK enquanto a Ford e a Volkswagen solicitaram à Comissão Internacional de Comércio Americana que analise o caso e libere a construção da fábrica da SK no país.
Curiosamente, os dois lados argumentam sua posição protegendo os investimentos na economia americana e criação de novos empregos. A LG e a GM argumentam que a concorrência desleal da SK Innovation reduzirá a demanda por veículos elétricos da General Motors, levando à queda na produção e demissões.
Já a VW e a Ford garantem que a interrupção da construção da fábrica na Geórgia possa até forçá-los a adiar o lançamento de seus veículos elétricos por um longo tempo, pois não poderão encontrar outro fornecedor de baterias em breve. A Volkswagen chamou a situação de "catastrófica" e um porta-voz da Ford disse à Comissão que sua decisão poderia provocar demissões em massa no setor e que as pessoas ficariam desempregadas em uma economia enfraquecida devido ao coronavírus.
A decisão final da Comissão está prevista para outubro. É possível que se a SK Innovation for admitida como culpada, a empresa terá que arcar com uma multa pesada, mas poderá continuar construindo sua fábrica nos Estados Unidos. A conferir.
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