Maior produtora de veículos elétricos do mundo, a chinesa BYD divulgou um comunicado nesta semana anunciando o início da produção de baterias de fosfato de ferro-lítio no nova fábrica localizada no Polo Industrial de Manaus, AM. Fruto de um investimento de R$ 15 milhões, a nova linha de produção representa a terceira fábrica da empresa no Brasil.
Instalada em uma área de 5.000 m², a nova planta foi projetada para se expandir e abrigar novas linhas de produção no futuro. As baterias LiFePO4 serão destinadas inicialmente ao abastecimento da unidade industrial da empresa em Campinas, onde produz chassis de ônibus 100% elétricos. A nova fábrica de Manaus tem capacidade de produção de até 1.000 baterias por ano, sendo que neste primeiro ano devem ser produzidas 272 unidades.
"Com o nosso investimento, também poderemos fazer parcerias com empresas interessadas em potencializar a eletrificação de seus equipamentos. A nossa proposta é popularizar e facilitar a eletrificação da mobilidade e de equipamentos no País", comenta Tyler Li, presidente da BYD Brasil.
Além desta nova fábrica de baterias, a BYD do Brasil também produz chassis de ônibus, além de módulos fotovoltaicos na unidade de Campinas (SP). Segundo o comunicado da empresa chinesa, as novas operações no Polo Industrial de Manaus são totalmente automatizadas e robotizadas, "garantindo qualidade e segurança ao produto".
A BYD informou ainda que os primeiros veículos do país a receber as baterias produzidas em Manaus (AM) serão os modernos ônibus articulados elétricos de 22 metros previstos para o sistema de transporte de São José dos Campos, no interior paulista. Definido pela prefeitura como VLP - Veículos Leves sobre Pneus, os veículos fabricados pela BYD com carroceria Marcopolo devem estar em circulação na cidade até outubro de 2021.
Eles irão começar a operar no chamado corredor Linha Verde, considerado a principal obra de mobilidade da cidade, que terá numa primeira etapa, 14,5 quilômetros, e irá ligar as regiões sul e leste, passando pelo centro da cidade. Esses ônibus terão quatro motores ligados aos eixos, com autonomia de 250 km e potência máxima de 201 cv cada um e com tempo de recarga média de até três horas (de 0% a 100).
Fonte: BYD, Diário do Transporte
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