O Partido Trabalhista inglês fez um pedido ao governo liderado pelo Partido Conversador para que o prazo para encerrar as vendas de carros a combustão no Reino Unido seja antecipado para 2030. O motivo seria que a data estipulada recentemente não seria suficiente para reduzir as emissões de CO2 dentro da meta que o país estipulou após o compromisso firmado no Acordo de Paris.
Inicialmente, as vendas de carros novos com motores a combustão seriam proibidas no reino a partir de 2040. No entanto, o primeiro-ministro Boris Johnson fez uma revisão na data limite, que foi antecipada para 2035. Segundo o site britânico Electrek, muitos membros do Partido Conservador apoiam a ideia do Partido Trabalhista para acelerar o processo de migração para os carros elétricos.
Rebecca Newsom, chefe de política do Greenpeace no Reino Unido, disse:
"Tiremos o chapéu para os trabalhistas por apoiarem a proibição em 2030 para todos os novos carros e vans a gasolina, diesel e híbridos.
Eles se juntaram ao coro de empresas e conselhos que também vêm pedindo uma data de eliminação progressiva mais ambiciosa e políticas para apoiar os trabalhadores na transição, a fim de reduzir drasticamente as emissões e ajudar a garantir um futuro para a indústria automotiva do Reino Unido.
Agora que o Partido Trabalhista e mais de 100 parlamentares conservadores lançaram o desafio, o governo fará jus às suas reivindicações de ser um líder mundial em clima e apoiará a proibição de 2030 também?"
Um estudo realizado pelo Greenpeace em conjunto com a Green Alliance, também afirma que somente antecipando a proibição dos veículos a combustão para 2030 seria possível chegar ao estágio de carbono neutro em 2050 - uma meta que as principais potências mundiais estão perseguindo após o Acordo de Paris.
Vale lembrar que a proibição inclui todos os modelos híbridos plug-in, sem os quais não seria possível atingir a meta de emissões, e mais um dado interessante: pesquisas apontam que o público do Reino Unido também apoia a antecipação da data de proibição para a venda de veículos com motores térmicos.
Para reforçar a ideia da viabilidade de antecipar a eletrificação da frota na terra da rainha, uma matéria publicada recentemente pelo Financial Times diz que em 2030 o custo de desenvolvimento de um carro elétrico seria praticamente igual ao de um carro a combustão, com uma diferença de apenas 9% - hoje o carro elétrico custa 45% a mais, segundo o estudo apontado pela publicação britânica.
Fonte: Electrek, Hibridosyelectricos
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