Carros a gasolina e a diesel serão proibidos no Japão a partir de 2035
Governo vai gastar US$ 2,7 trilhões em incentivos para veículos elétricos; híbridos continuam
Agora é oficial. O governo japonês divulgou formalmente um plano para eliminar os carros com combustíveis fósseis até 2050, informou a agência Reuters. Um movimento que já havia sido prometido pelo primeiro-ministro do país asiático, Esehide Suga.
De acordo com o plano, as vendas de todos os veículos novos a gasolina e diesel serão proibidas no país a partir de 2035. No entanto, vale destacar que os japoneses abriram uma exceção para os veículos híbridos, o que torna mais fácil cumprir a meta, uma vez que as grandes montadoras do país apostam alto nos modelos híbridos.
Galeria: Honda Insight 2021 (Japão)
O abandono dos carros com motores de combustão interna será gradual. O governo local prometeu mudar o sistema tributário de forma que em um futuro próximo os carros elétricos igualem o preço dos carros a gasolina.
No total, até 2030, o equivalente a 870 bilhões de dólares serão destinados ao desenvolvimento de energia limpa e ao estímulo às vendas do transporte elétrico, e de 2030 a 2050 outros US$ 1,8 trilhão.
De acordo com o plano, o governo ajudará a reduzir o custo das baterias dos veículos elétricos para o patamar abaixo de 10.000 ienes (US$ 96,50) por kWh. Para efeito de comparação, de acordo com a última pesquisa da BloombergNEF, o custo médio das baterias para veículos elétricos leves no mundo em 2020 caiu para US$ 137 por kWh.
Além disso, as autoridades japonesas se comprometeram a aumentar significativamente a produção de hidrogênio para veículos elétricos com células de combustível. Agora o país gera apenas 200 toneladas de hidrogênio por ano. Em 2030, esse número deve subir para 3 milhões de toneladas, e em 2050 - para 20 milhões de toneladas.
Outro desafio será o desenvolvimento de fontes renováveis de energia, um ponto crucial para o Japão. Atualmente elas representam menos de 20% do total energético, mas o objetivo seria aumentá-la para algo entre 50 e 60% até 2050, principalmente por meio da criação de parques eólicos offshore.
Galeria: Honda e 2020
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