A GM impulsiona a eletrificação de todas as formas. Se em novembro de 2020 ela anunciou que havia alocado 20 bilhões de dólares para o projeto de 20 elétricos ou híbridos em 3 anos, durante a CES 2021 em Las Vegas ela subiu a aposta ao declarar que estava pronta para gastar um total de US$ 27 bilhões em 5 anos para fazer a transição energética e chegar a 2025 com 30 novos modelos elétricos globalmente.
A empresa norte-americana vai mais longe, promove uma reorganização profunda e ambiciona ser neutra em carbono com todas as suas marcas: Chevrolet, Buick, Cadillac e Hummer. Para marcar a transição, também apresenta um logotipo reestilizado e alguns conceitos mais ou menos futuristas, incluindo o Cadillac Celestiq, um sedã elétrico feito artesanalmente que pretende ser a síntese perfeita de luxo, conforto e performance. Mas vamos voltar à realidade.
O futuro elétrico da General Motors nasce em torno da nova plataforma elétrica que foi apresentada em 2020. É modular e pode ser usada para qualquer tipo de veículo, de carros compactos a SUVs e até picapes (começou com o Hummer EV). Como outras plataformas, ela abriga as baterias no centro e um ou mais motores dispostos nos dois eixos para criar modelos com tração dianteira, traseira ou nas quatro rodas.
Ao projetá-la, a GM se concentrou em recursos exclusivos do mercado. Acima de tudo: transmissão de dados e gerenciamento de células por meio de um sistema de comunicação sem fio que reduz em 15% a necessidade de espaço e torna supérfluos 90% dos cabos elétricos normalmente utilizados.
A plataforma elétrica dedicada da General Motors apresenta também a nova bateria Ultium que a empresa desenvolveu em colaboração com a LG. A bateria é feita internamente em parceria com a gigante coreana e, para atender à crescente demanda, também será produzida em uma nova fábrica em construção no estado do Ohio que irá gerar 1.000 postos de trabalho.
A bateria Ultium é altamente modular: pode ser oferecida com 8, 10, 12 ou até 24 módulos (dispostos em dois níveis). Adota células que atingiram uma densidade de energia 60% maior que as anteriores. Isto graças a um design especial que garante a gestão máxima do espaço disponível.
Do ponto de vista da composição química, as células da bateria Ultium reduziram a quantidade de cobalto em 70% ao substituir o precioso metal por alumínio. Estarão disponíveis tanto na arquitetura de 400 Volts, que permitirá o carregamento de até 200 kW, quanto na arquitetura de 800 Volts, cuja velocidade de carregamento chegará a 350 kW.
A GM também está trabalhando em uma bateria melhorada que, graças a uma densidade de energia ainda maior, será capaz de aumentar a autonomia até um máximo de 1.000 km, onde hoje teoricamente para em cerca de 800 km por carga.
Para acompanhar a transição energética, a GM também depende fortemente de dois sistemas digitais. O primeiro chama-se Ultifi e baseia-se numa plataforma que permite programar e gerir todos os aspectos relacionados com a posse e uso de um carro elétrico. Através do aplicativo dedicado ele se comunica com o carro para agendar recarga, organizar uma viagem, gerenciar assistência, entrar em contato com um vendedor e outras coisas.
O segundo é o software de bordo dos carros, que pode ser atualizado pelo ar e que pode ser implementado com diversas funções relacionadas ao informação e entretenimento e à condução autônoma. Em relação a este último, a GM apresentará o novo sistema Super Cruise em toda a gama. Ele é baseado em tecnologias de última geração e também estará pronto para a condução autônoma Nível 5 quando for liberado. Este software será lançado em 2023.
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