Maior fabricante de baterias para carros elétricos do mundo, a chinesa CATL (Contemporary Amperex Technology Co. Ltd) anunciou recentemente planos para construir uma nova fábrica nos EUA e/ou México. No entanto, pessoas ligadas ao assunto sugerem que a controversa visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan pode colocar os planos na geladeira.  

A CATL tem considerado os planos de construir futuras fábricas de baterias em um mínimo de dois locais no México, ambos próximos da fronteira com o Texas. A empresa também está considerando locais nos EUA. A fabricante de baterias tem verificado os locais e tentado finalizar negociações para abrir caminho para um grande anúncio em um futuro próximo.

Infelizmente, a China está chamando a visita de Nancy Pelosi a Taiwan de provocativa. A China considera Taiwan parte de seu território, e as relações em torno dessa situação estão tensas.

De acordo com a Reuters, algumas pessoas com informações relacionadas aos planos futuros da CATL observaram que a empresa chinesa irá adiar seus anúncios de fábrica de baterias até setembro ou outubro de 2022. As pessoas que compartilham os detalhes ressaltam que o atraso veio graças à decisão de Pelosi de seguir adiante com a visita a Taiwan.

É importante notar que a CATL não confirmou de forma oficial as declarações anônimas. Tesla e Ford também se recusaram a dar qualquer declaração sobre o assunto

De qualquer forma, Pelosi chegou à capital de Taiwan na terça-feira à noite em meio a ameaças de exercícios militares da China. A CATL está sediada em Fujian, China, que fica diretamente do outro lado do Estreito de Taiwan, com vista para a capital, Tapei. Os exercícios militares planejados devem ser realizados ao redor da ilha de Taiwan enquanto Pelosi estiver presente.

A Reuters também cita que o novo projeto de lei que foi elaborado pelos senadores democratas Chuck Schumer e Joe Manchin também pode ter um impacto na decisão da CATL. Isso porque a legislação inclui detalhes sobre o fornecimento de matérias-primas de baterias de países com os quais os EUA firmaram acordos de livre comércio.