Carros elétricos reduzem em 30% a demanda por peças de reposição
Os fornecedores automotivos terão que se adaptar a essa nova realidade
Os carros elétricos estão reduzindo as compras de peças de reposição em 30% e os fornecedores automotivos terão que se adaptar a essa nova realidade, diz um estudo publicado nesta semana pela consultoria Roland Berger.
Acredita-se que a receita de peças sobressalentes caia de 13% a 17% em 2040 em relação a 2019, dependendo da rapidez com que os carros elétricos se multipliquem no mercado europeu, de acordo com o estudo realizado pela Associação Europeia de Fornecedores.
Os carros elétricos representaram quase 10% das vendas no segundo trimestre na União Europeia, e a Comissão Europeia planeja proibir a venda de carros novos com motores a gasolina ou diesel em 2035.
Carros elétricos menos complexos
Peças relacionadas à complexidade do motor a combustão, mas também ao câmbio, ao escapamento, à entrada de combustível, obviamente, sofrerão um declínio acentuado em sua rotatividade com a eletrificação da frota de carros.
Do outro lado, a demanda por peças de suspensão e pneus pode aumentar, já que o peso dos veículos elétricos acelera seu desgaste.
Entre as peças específicas para veículos elétricos, o elemento mais caro será a bateria, com sua vida útil de 8 a 12 anos e um preço que poderia permanecer alto, de 3.000 a 15.000 euros, algo como entre R$ 15.000 a R$ 78.000 em uma conversão direta.
Este mercado poderia esperar um faturamento da ordem de 4 bilhões de euros em 2040 em elétricos e híbridos plug-in, de acordo com Roland Berger. No entanto, acreditamos que no Brasil essa transição irá ocorrer de forma mais lenta, com menor impacto no segmento de peças.
A eletrônica de energia, que converte energia elétrica em energia motriz, pode representar um mercado de 2 bilhões de euros. O motor elétrico, conhecido por ser muito confiável e bastante durável, só representará um mercado de menos de um bilhão.
Mercado de pós-venda em transformação
Os fabricantes poderiam recuperar uma parte do mercado de reposição, dos quais eles gradualmente deixaram 60% para fornecedores externos. Alguns desses fabricantes de componentes que não começaram a se diversificar em veículos elétricos podem estar ameaçados, segundo especialistas.
Os distribuidores de peças de reposição muito provavelmente também serão desafiados por esse declínio geral do mercado, mas podem desempenhar um papel importante na remanufatura e reciclagem de peças usadas. Os estacionamentos, por sua vez, terão que se adaptar e investir em equipamentos e treinamentos.
De acordo com a Roland Berger, espera-se que as garagens especializadas em carros elétricos se desenvolvam ao lado de garagens tradicionais, que só oferecerão reparos básicos a esses novos veículos. (com AFP).
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