A GWM marcou presença no evento Veículo Elétrico Latino-Americano em São Paulo (SP) e apresentou o seu sistema de célula a combustível que utiliza hidrogênio (H2) para abastecer veículos pesados. 

Ainda incipiente no Brasil, a tecnologia do hidrogênio tem se mostrado promissora, com vários projetos em andamento. E no caso específico da GWM, o processo está bem avançado na China, onde a empresa possui a subsidiária FTXT, especializada no ecossistema de hidrogênio. 

“Os veículos elétricos a célula de hidrogênio são uma solução promissora para descarbonizar a frota de caminhões pesados em substituição ao diesel”, destaca Oswaldo Ramos, CCO (Chief Commercial Officer) da GWM.

Galeria: GWM - célula de combustível a hidrogênio

Para mostrar um pouco dessa tecnologia, que pode ser aplicada aos caminhões, por exemplo, entre outras aplicações, a GWM levou para alguns componentes para demonstração ao público:

  • Cilindro de hidrogênio: feito de resina e fibra de carbono, capaz de suportar até 700 bars de pressão.
  • Célula a combustível do tipo PEM: conjunto de membranas eletrolíticas que faz a combinação do hidrogênio armazenado nos cilindros com o oxigênio retirado do ar, gerando energia elétrica e água (H2O).
  • Membrana eletrolítica polimérica: estrutura individual com 1,3 milímetro de espessura onde a reação química transforma o hidrogênio em eletricidade
  • Sistema comercial da célula a combustível: combina a célula a combustível ao sistema de gerenciamento de voltagem que, em conjunto com altas densidades de corrente elétrica (característica intrínseca a célula do tipo PEM), resulta em um sistema com potência de 110 kW.

E no processo de transição energética, o hidrogênio tem se apresentado como uma boa solução para o Brasil, podendo ser utilizado ao lado de outras soluções tecnológicas, como veículos elétricos e híbridos, por exemplo. 

Nesse campo, começam a ganhar corpo os projetos de hidrogênio verde, que vem de fonte renovável que não gera CO2. É o caso do hidrogênio gerado a partir da eletrólise da água, que usa energia solar ou eólica. Também é possível obter o hidrogênio a partir da reforma do etanol, outra fonte renovável.

A GWM avalia que os caminhões movidos a célula a combustível darão escala para a criação da infraestrutura para abastecimento desses veículos. E, a longo prazo, essa tecnologia chegará também aos veículos de passeio. Para se ter ideia do desafio, uma estação para carregamento de um veículo que utiliza o hidrogênio custa em média cerca de R$ 8 milhões.

Galeria: FTXT, subsidiária de hidrogênio da Great Wall

Conforme já foi anunciado, a GWM desenvolve estudos para inaugurar uma rota de caminhões movidos a hidrogênio, no Estado de São Paulo. Inclusive, já assinou um termo de engajamento com a InvestSP, agência de promoção de investimentos do Governo de São Paulo, que tem ajudado na agenda da transição energética.