O Honda E, primeiro carro totalmente elétrico da marca, começará a ser vendido na Europa na metade deste ano e, apesar de declarações anteriores contrárias à ideia, é bem possível que ele ganhe uma versão esportiva com o nome Type R no futuro.
"Bom, esta nova plataforma, motor e pneus podem aguentar mais", disse Takahiro Shinya, um dos responsáveis pelo projeto da Honda, em entrevista à revista Top Gear. "O que eu posso dizer é que nós amamos o Type R, é uma marca muito importante para nós. Como engenheiros, queremos levar o Type R para cada modelo, mas o que importa é o que os clientes desejam"
Esta fala contradiz o que Kohei Hitomi, líder de projeto do Honda E, disse anteriormente. "Para alguns segmentos, pode ser a escolha certa, e o Type R é a forma de expressar as capacidades da Honda como marca esportiva. Mas, para o Honda E, queremos entregar uma nova dimensão de valores para nosso clientes", afirmou o engenheiro no ano passado.
Shinya ainda deixou uma expectativa de quando veremos um Honda E mais potente: "Você provavelmente terá de esperar mais uns dois anos, não pelo Type R, mas por alguma coisa [mais esportiva]", disse o executivo durante a entrevista.
O Honda E será vendido com um motor elétrico montado no eixo traseiro e que entrega dois níveis de potência: 136 cv e 154 cv. Ambas produzem 32,1 kgfm de torque máximo, usando baterias de 35,5 kWh para entregar uma autonomia de 220 km.
Do lado de dentro, o hatch terá cinco telas que preenchem todo o painel, usando dois displays nas laterais das portas para mostrar as imagens das câmeras que substituem os retrovisores. A tela na frente do motorista é usada para os instrumentos e tem 8,8 polegadas diagonalmente. Há ainda dois displays de 12,3" no centro, para serem usados pelo motorista e passageiro.
Os preços do Honda E começam em 33.470 euros (cerca de R$ 155,3 mil) na Alemanha, antes dos incentivos para veículos elétricos. A versão Advance de 154 cv será vendida por 36.470 euros (R$ 169,3 mil) e vem com bancos dianteiros aquecidos, volante aquecido e assistente de estacionamento. A marca não tem planos de oferecer o carro em outros mercados fora da Europa e Ásia, ao menos por enquanto.
Fonte: Top Gear
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