O nome Foxconn é extremamente conhecido no campo da tecnologia. Para que nunca ouviu falar, a gigante com sede em Taiwan é uma das fabricantes do iPhone e além de outros da Apple, sem falar nos clientes como Huawei, Amazon, Microsoft, Intel e Nintendo. Isso, mais do que qualquer outra coisa, dá uma ideia de quão poderosa e estruturada a empresa é a ponto de estar preparada para dar um salto e também se lançar no mundo dos carros elétricos.
E a empresa quer fazer isso em grande estilo, com a promessa de começar a fornecer para a indústria mundial de mobilidade elétrica um nível de 10% do total de componentes e serviços em 2025 ou, mais tardar, antes do final de 2027. Em resumo, eles certamente não querem ficar nos bastidores.
Para entrar no setor automotivo, a Foxconn já fez acordos com a FCA com a finalidade de criar uma joint venture para produzir carros elétricos e conectados na China. A ideia é dar vida a uma gama de automóveis com emissões zero que também podem contar com tecnologias de última geração a nível de serviços.
Mas tem mais. Na verdade, a Foxconn está desenvolvendo uma plataforma de hardware e software abertos, batizado de "MIH Open Platform", que permitirá aos fabricantes desenvolver seus veículos elétricos com muito mais rapidez. A intenção da empresa é fornecer uma espécie de sistema operacional para carros com emissão zero (uma solução no estilo Android, para ficar no assunto dos smartphones).
Desta forma, a Foxconn teria um bom número de cartas na manga, mas a alta direção da empresa fez saber que os departamentos técnicos estão trabalhando no desenvolvimento de uma bateria de estado sólido, vista por muitos (mas não todos) como o Santo Graal do carro elétrico.
Pelas declarações da gigante taiwanesa, o componente deve estar pronto até 2024 e, se os planos forem seguidos, vai antecipar em um ano os projetos da Toyota e da Volkswagen com tecnologias semelhantes.
A meta de fornecer 10% dos componentes da indústria de carros elétricos em menos de 10 anos (o que equivale a um número de veículos igual a 3 milhões) continua ambiciosa, mas o poder econômico da empresa é enorme e o fato de já estar integrando redes inteiras de fornecedores na China e nos Estados Unidos sugere que as previsões não são mais otimistas do que o necessário.
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