Renault 5: a história por trás do carro elétrico retrô

CEO da empresa fala sobre a origem do carro apresentado no Salão de Munique: "Viva o renascimento dos carros elétricos"

Renault R5 elétrico no Salão de Munique Renault R5 elétrico no Salão de Munique

Apesar da estrela no estande da Renault no Salão de Munique (IAA Mobility) ser o completamente novo Mégane E-Tech, outro carro elétrico da marca, o Renault 5 elétrico, chamou bastante à atenção como um dos lançamentos mais aguardados da marca. 

"Quem me dera ter o Fiat 500 elétrico em 2007, ele teria antecipado a eletrificação na Itália". Na época, é claro, a tecnologia não estava pronta, mas Luca De Meo, agora CEO da Renault, não tem dúvidas: revivals fazem todo o sentido e em um futuro próximo podem ser decisivos para acelerar a escolha das pessoas por um carro elétrico.

E vendo a curiosidade que o conceito de carro elétrico Renault 5 desperta sob os holofotes do Salão de Mônaco, fica difícil culpar o empresário italiano que julga "operações de nostalgia" de forma muito pragmática: "Quando você ativa certos códigos com os quais as pessoas já estão acostumadas, você imediatamente derruba as barreiras. Isto é o que acontece".

Por outro lado, a história está repleta de fracassos comerciais nascidos da pretensão de criar necessariamente algo novo do ponto de vista estilístico. De Meo cita, por exemplo, a primeira série do Toyota Prius, de 1997, e o BMW i3. Dois modelos que desempenharam um papel importante para suas respectivas marcas, mas nunca fizeram grandes números de vendas. E a todos aqueles que dizem "revive porque não tem ideias", De Meo responde: "O Volkswagen Golf 8 é o que? Tem alguns clássicos que você mantém assim e não vejo problema".

Mas há um aspecto curioso ligado especificamente ao conceito R5. De Meo disse que aquele carro já existia: "No segundo dia de trabalho na Renault fui ao Centro Stile e cancelei metade dos projetos. Então eu fui para o corredor e vi um pequeno modelo de um novo R5 laranja, projetado como um renascimento com um motor a gasolina."

"Quando pergunto porque nunca o produziram - conclui o gerente - respondem que até então o retrô não podia ser feito a princípio porque já tínhamos o Clio e o Twingo. Bom... Em seis meses o projeto foi retomado, está pronto e temos conseguido manchetes dos jornais do mundo todo. Ou não entendi nada ou essas coisas funcionam e como!".

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