Há alguns anos, o sonho dos fabricantes era oferecer baterias de um milhão de quilômetros. Com esse objetivo, a Tesla até trabalhou em pesquisas com Jeff Dahn (professor do Departamento de Física e Ciências Atmosféricas e do Departamento de Química) e sua equipe de pesquisadores na Universidade Dalhousie em Halifax, Canadá.

O professor Jeff Dahn publicou um artigo no qual explica que, em vez de atingir um alcance de um milhão de quilômetros, a bateria pode durar 100 anos! A ideia básica é prolongar a vida útil das baterias o maior tempo possível, aumentando a densidade energética. Claro, para que essa bateria seja comercializada, os custos também teriam que ser reduzidos ou mantidos no nível mais baixo possível.

Em um artigo publicado no Journal of the Electrochemical Society, Jeff Dahn e o pesquisador Michael Metzger explicaram em detalhes como sua equipe chegou a uma conclusão tão espetacular. O artigo explica que as baterias à base de níquel podem ter uma vida útil de até um século se colocadas nas condições certas (temperatura não superior a 25°). Eles também explicam que a química utilizada é comparável à das baterias LFP, mas com maior densidade energética.

A equipe de pesquisa publicou inúmeros artigos sobre seus estudos sobre baterias e registrou inúmeras patentes sobre o assunto. A Tesla parece satisfeita com seu trabalho e por isso a fabricante renovou sua parceria até 2026 (a Tesla Advanced Battery Research existe desde 2016).

Atualmente, um dos modelos que oferece o maior alcance no mercado europeu é o Mercedes-Benz EQS com pouco mais de 700 km de acordo com o ciclo WLTP. O fabricante também está na corrida para aumentar a autonomia das baterias. Mas ao contrário da Tesla, a Mercedes está muito mais interessada em aprimorar a aerodinâmica, como demonstrado pelo conceito EQXX.