O Grupo Renault estabeleceu um novo recorde de margem operacional (lucro) por veículo em 2022. Não há como "voltar atrás" para a Renault, disse o CEO Luca de Meo, enquanto falava sobre os bons resultados financeiros, mesmo em um cenário desfavorável, com a crise de semicondutores, inflação de custos e perdas na Rússia.
Falando dos números, o Grupo Renault gerou um faturamento de 46,4 bilhões de euros durante 2022, um crescimento de 11,4% em relação ao ano anterior. Sua margem operacional ficou em 2,6 bilhões de euros, aumento de 1,4 bilhão na comparação ano a ano.
O interessante é que os resultados positivos do grupo francês já contabilizam a perda de 2,3 bilhões de euros com a venda das operações da Renault na Rússia, o que incluía a participação de 67,69% na montadora local Avtovaz.
"2022 mais do que cumpriu as suas promessas. Com resultados acima de nossos objetivos iniciais e expectativas de mercado, concluímos a fase 'Resurrection' [da estratégia Renaulution] três anos antes do previsto", disse De Meo.
"Os fundamentos do Grupo Renault foram completamente refeitos e não há como voltar atrás."
Entre as razões de sucesso, a Renault destaca o mix de produtos com foco na eletrificação, incluindo os lançamentos recentes Dacia Jogger, Renault Arkana e Renault Mégane E-Tech Electric, bem como o Alpine A110.
Enquanto o Jogger e o Arkana estão bem distantes do nosso mercado, o Megane E-Tech já foi apresentado no Brasil e será lançado no primeiro semestre de 2023.
Com preço estimado na casa dos R$ 300 mil quando for lançado por aqui, o novo carro elétrico da marca é sucesso na Europa com mais de 33.000 unidades vendidas. Lançado por lá em meados do ano passado, ele foi o carro elétrico mais vendido da Europa no segundo semestre de 2022.
E falando em eletrificação, a Renault mostra que está no caminho certo com sua estratégia Renaulution, onde os modelos híbridos e elétricos da linha E-Tech foram responsáveis por 39% das vendas totais na Europa no ano passado.
Há poucos dias, a aliança Renault-Nissan redefiniu os termos da parceria e anunciou investimentos e novos projetos em mercados como Europa, América Latina e Índia. Este último, em particular, receberá US$ 600 milhões para desenvolver seis novos modelos, sendo dois deles carros elétricos (um de cada marca) acessíveis e com proposta urbana, a exemplo do Kwid E-Tech, e que serão exportados para outros mercados, certamente incluindo a possibilidade de chegada ao Brasil.
Fonte: Autocar
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