É isso, o Fiat 500 se tornou elétrico. Mas espere, um 500 emissão zero acende um alerta? Sim, é claro, mas para isso temos que voltar a 2013 e, principalmente, viajar para a Califórnia, porque é em particular no estado da costa oeste dos Estados Unidos que o carro urbano, então produzido no México e que oferecia 160 km de autonomia, foi comercializado.
Mas o tempo passou e o ano de 2020 chegou. Agora trata-se uma nova geração, exclusivamente elétrica, que coexiste, há algum tempo pelo menos, com o atual Fiat 500 térmico, no catálogo desde 2015. Se a Fiat tivesse sentido logo cedo os ventos da eletrificação teria feito um 500 elétrico antes. Por conta disso, será que a nova geração terá dificuldades para enfrentar os fabricantes que estão embarcando na mobilidade elétrica? Será que a marca italiana não demorou um pouco?
Para conhecer a novidade mais de perto, os nossos parceiros do InsideEVs França fizeram o primeiro test drive do novo Fiat 500 elétrico, o carrinho elétrico urbano que é aguardado no Brasil para 2021. Confira as impressões ao dirigir.
A primeira impressão deste novo Fiat 500: já não é mais o famoso "pote de iogurte" que conhecemos. Ela cresceu. Além disso, essa nova geração ganhou 6 cm de comprimento e 6 cm de largura, o que, em um carro de 3,63 metros de comprimento, não é tanto assim!
Ele continua a ser um Fiat 500, com a cara bem rechonchuda, deliciosamente retrô, mas também mais 'na moda' do que nunca! Devemos admitir que o design foi brilhantemente reinterpretado, sejam esses faróis refinados e agora em duas partes, LEDs, os indicadores intermitentes nos para-lamas dianteiros que se destacam da carroceria ou a cor fosca de nossa unidade de teste. Um pouco de cromado e os grandes aros de 17 polegadas adicionam presença e uma dose de luxo ao carro urbano, mais chique do que nunca.
Por dentro também é uma revolução. Digital. Porque sim, o que notamos em primeiro lugar são essas telas, uma para o quadro de instrumentos, outra para o sistema de informação e entretenimento, que concentram a maior parte das informações do carro. Não há mais aquele marcador redondo. Apenas a tampa do velocímetro evoca esse elemento-chave do 500. Ainda existem alguns botões: para acessar as funções do ar condicionado e outro para mover o carro.
A impressão de um carro maior vem desse elemento arredondado que envolve o painel em toda a sua extensão. É um sucesso!
A outra boa notícia é que a impressão percebida em relação à qualidade da mão de obra e dos materiais dá um salto. Estamos falando aqui de algo premium. E há muito espaço para objetos por toda a parte: abaixo do apoio de braço central, no centro, embaixo do elemento central com porta-copos que se desdobra... Sem falar que o piso entre os dois bancos dianteiros é quase plano e você pode colocar uma bolsa lá, por exemplo. E a abertura no centro do painel é perfeita para guardar seu laptop. E até recarregá-lo por indução. Tudo é muito prático.
Podemos apenas fazer uma pequena observação sobre a ausência de um botão acessível para o volume, há um localizado à direita atrás do volante, e que parte dos demais botões restantes se encontram no volante.
Em teremos de habitabilidade, ele permanece acima de tudo um Fiat 500. Parece um pouco mais largo nos cotovelos quando você está atrás, mas o espaço para as pernas permanece mínimo. E o acesso é difícil. Mas neste último ponto, o 500 tem uma vantagem: será a versão 3+1, com uma porta oposta na traseira!
E ele permanece com o reduzido porta-malas que oferece 185 litros, a mesma capacidade da versão a combustão do atual Fiat 500. O banco do nosso modelo de teste pode ser rebatido 50/50 para abrir espaço para um assoalho não muito plano, enquanto um piso duplo no porta-malas pode armazenar o cabo de carregamento do carro.
Desde as primeiras voltas das rodas, pode-se perguntar por que o Fiat 500 não se tornou elétrico antes. Você sente imediatamente as diferenças para o Fiat 500 térmico. Obviamente não há mais ruído do motor, mas acima de tudo, o carro parece à prova de som, mesmo que algum ruído aerodinâmico venha da parte de trás.
Nosso modelo de teste não é a versão básica, mas a versão de 42 kWh, a mais potente. No cardápio, 118 cv de potência, 22,4 kgfm de torque, tudo despejado nas rodas dianteiras, e cerca de 300 km de autonomia.
O conforto é imediatamente percebido como muito agradável, o carro é esperto e a direção é precisa: o suficiente para encarar o trânsito da cidade com ainda mais facilidade do que o 500 com motor térmico.
Brevemente, experimentamos os diferentes modos de condução selecionáveis ao lado do freio elétrico de estacionamento. E ativamos o modo "Alcance", que é comparado a um modo "Eco" e maximiza a autonomia do carro. Com efeito, adiciona frenagem regenerativa que permite ao carro reduzir rapidamente apenas soltando o acelerador. Não há necessidade de tocar no freio. Uma função que se prova especialmente muito prática na cidade e que você aprende rapidamente a dosar, a parar no lugar certo, mas também a não surpreender muito os carros que vêm atrás. O carro para completamente.
Tenha cuidado, porém, quando você voltar ao modo "Normal", a falta de sensação de frenagem regenerativa pode surpreendê-lo na primeira frenagem!
Sem ter a chance de testar a autonomia da bateria até o bagaço da cana, nos pareceu que este 500 elétrico aguentaria facilmente entre 200 e 250 km, mesmo quando a temperatura externa não ultrapassava os 5°C.
Paixão estética, este Fiat 500 parece que nasceu para ser elétrico. Um pouco mais imponente do que o modelo da geração anterior, também faz um bom trabalho na habitabilidade. As sensações ao volante são a melhor parte de um carro que é vigoroso e divertido de dirigir, sem dúvida o Fiat 500 de maior sucesso até hoje.
Falando de preço, o Fiat 500 elétrico básico custará a partir de € 24.500 (R$ 152.610). Por esse preço, você terá a versão Action, com a "pequena" bateria de 23,7 kWh e autonomia anunciada de 185 km. Para a versão de 42 kWh, o preço começa em € 27.500 (R$ 171.300) na variante Passion.
Quanto à nossa versão de teste, com acabamento quase sofisticado (existe a versão La Prima acima dela) e bem equipada, custa € 31.500 (R$ 196.200). Preço do qual também devemos subtrair o incentivo de compra de € 7.000 (R$ 43.600) para um carro elétrico (€ 6.000 - R$ 37.300 - a partir de 1 de janeiro de 2021).
Pontos positivos | Pontos negativos |
Visual moderno | Retrovisor lateral ruim |
Prazer de condução e conforto | Bancos traseiros pequenos e de difícil acesso |
Autonomia na versão 42 kWh | Preço |
Fiat 500e 42 kWh Icône Plus
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