Embora o hatchback ID.3 seja a primeira tentativa adequada da Volkswagen de vender um carro elétrico de massa para a Europa, nos Estados Unidos, o crossover ID.4 será o primeiro a chegar. No entanto, apesar do fato de que o SUV elétrico alemão tenha como rival direto o Tesla Model Y, a marca alemã insiste que seu mais novo lançamento quer mesmo é brigar com nomes estabelecidos, como Toyota e Honda.

Portanto, a VW quer roubar as vendas de modelos como o Toyota RAV4 e Honda CR-V, não apenas do Tesla Model Y. É definitivamente um plano ousado tentar desafiar modelos a gasolina e híbridos com um elétrico puro, mas Scott Keogh, CEO da Volkswagen America tem outra opinião: 


"Este é o coração do mercado automotivo dos EUA em termos de vendas, são 4 milhões de vendas por ano, algo em torno de 35 milhões estacionados nas ruas agora. É o RAV4, é o nosso Tiguan, é o Honda CR-V e, francamente, não há nenhum veículo elétrico parado ali. E se você observar o que entusiasma nossos revendedores, é ter uma ferramenta que ninguém mais possui, e então vamos aproveitar isso."

Galeria: Volkswagen ID.4 - imagens oficiais

A Volkswagen está tentando capitalizar a consciência ambiental crescente dos compradores e talvez fazê-los mudar para um 100% elétrico mais cedo do que fariam de outra forma. Keogh parece confiante de que o ID.4 será um sucesso nos EUA, mesmo que no primeiro ano de produção, todos os exemplares vendidos na América sejam importados da Alemanha e sejam carros de versões mais equipadas que na prática serão mais caros do que os mencionados crossovers convencionais.

No entanto, a produção para o mercado norte-americano começará na fábrica de Chattanooga em 2022 e, assim que isso acontecer, o ID.4 estará disponível com uma bateria menor e um preço de entrada de US$ 35.000 (R$ 197.400); no momento, os únicos dois modelos disponíveis para pré-venda são o modelo 1ª Edição de US$ 43.995 (R$ 248.162) e o modelo Pro de US$ 39.995 (R$ 225.600) - o primeiro está esgotado.

O sucesso do ID.4 nos Estados Unidos também dependerá de os revendedores não aplicarem o famoso 'ágio' ao preço do veículo se ele ganhar popularidade (o que pode acontecer). Em relação a isso, Keogh disse:

"Vou errar pelo otimismo sem fim. Acho que eles farão a coisa certa. Estamos procurando construir um processo aqui ... que queremos ser abertos, transparentes e claros. Se houver algum BS, francamente, vamos fazer algo a respeito, porque achamos que é impróprio."