Uma das consequências diretas da mobilidade elétrica é o crescente aumento de demanda por energia elétrica. Falando sobre o assunto, o CEO da Tesla, Elon Musk disse nessa semana que se as frotas de veículos forem eletrificados no mundo, o consumo de eletricidade irá simplesmente dobrar. 

Diante disso, o número um da Tesla destacou que é urgente a necessidade de expandir as fontes de geração de energia nuclear, solar, geotérmica e eólica. Aumentar a disponibilidade de energia limpa é um desafio que se impõe à medida em que fazemos a transição para a mobilidade elétrica, algo que levará cerca de 20 anos

"Levará mais 20 anos para que os carros sejam totalmente elétricos. É como os telefones, você não pode substituí-los todos de uma vez", disse Musk em uma palestra transmitida no site Bild.de, acrescentando que cerca de 5% dos veículos são substituídos todos os anos.

Musk também ressalta que quando os carros elétricos prevaleceram, a eletricidade proveniente de fontes de energia de geração intermitente, como a eólica e a solar, por exemplo, precisará ser armazenada, provavelmente por meio de tecnologia de bateria, disse ele.

"Junto com grandes baterias, as duas coisas precisam ser combinadas, energia eólica com baterias e energia solar", disse Musk.

A preocupação de Elon Musk é pertinente, mas a transição para a mobilidade elétrica ocorrerá em ritmos diferentes nos mercados globais. Ela será mais acelerada na China e União Europeia e em um ritmo um pouco mais lento nos Estados Unidos.

Enquanto isso, nos mercados emergentes como Brasil, Índia e Rússia o cenário de longo prazo ainda não está bem claro acerca de uma adoção massiva de veículos elétricos por questões geográficas, econômicas e energéticas. É necessário acompanhar um pouco mais a evolução do cenário para entender como será a eletrificação nesses mercados.

Fonte: AutoNews

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