A imprensa norte-americana relata que 150 concessionários Cadillac concordaram em aceitar a compensação financeira para se desligarem da rede. Acredita-se que a GM ofereceu entre US$ 300.000 e US$ 1.000.000 por loja, dependendo do volume de vendas, em um esforço para reduzir o número de concessionárias da marca premium nos EUA, que atualmente é de 880.
Se os números relatados estiverem corretos, 17% das concessionárias concordaram em pegar o dinheiro e cair fora. No entanto, a oferta da GM não era exatamente tão simples. Havia uma outra questão envolvida que provavelmente ajudou muitos lojistas a tomarem a decisão de se desligar da rede.
Se a concessionária não aceitasse a oferta, teria que gastar cerca de US$ 200.000 para atualizar suas instalações para atender aos veículos elétricos. Portanto, uma oferta de compra média de US$ 500.000 realmente resultou em uma diferença de US$ 700.000 para o distribuidor. De acordo com o Automotive News, a GM deu às concessionárias até 30 de novembro para tomar a decisão.
Esta não é a primeira vez que ouvimos uma montadora exigir que sua rede de revendedores invista em serviços de veículos elétricos e instalações de carregamento. Em 2013, quando a BMW estava se preparando para lançar o i3 e o i8, seus revendedores foram informados de que, se quisessem comercializar a linha i, precisariam investir cerca de US$ 100.000 em equipamentos, incluindo um elaborado elevador hidráulico para remover a bateria do i3. Eles também foram obrigados a instalar estações de recarga no compartimento de serviços, bem como fora do estacionamento.
A maioria dos concessionários BMW (algo em torno de 85%) aceitou o investimento e passou a ser concessionário BMW i certificado. No entanto, a GM não parece estar dando aos revendedores a opção de não vender veículos elétricos. Os lojistas devem fazer o investimento de US$ 200.000 se quiserem continuar a ser revendedores Cadillac porque a GM acredita que a maioria dos veículos Cadillac serão elétricos até o final da década, então basicamente, é embarcar agora ou sair.
Também há rumores de que a GM queria reduzir a rede de revendedores Cadillac nos Estados Unidos há algum tempo, e isso provavelmente é uma boa oportunidade. A Cadillac não é a marca de volume que era e vende apenas cerca de 150.000 veículos no país anualmente. Na verdade, mais Cadillacs são vendidos na China do que nos EUA desde 2017, e essa tendência não deve mudar.
Alguns meios de comunicação estão relatando essas notícias sob a perspectiva de que os revendedores preferem fechar a loja a vender veículos elétricos, e isso não é verdade. Claro, pode haver alguns resistentes à mudança, mas no geral a maioria deles só quer vender carros e ganhar dinheiro, independentemente do que os abastece.
A exigência de investimento de $ 200.000 foi provavelmente o eixo que obrigou muitos revendedores a aceitar a oferta e fechar. Se esse investimento fosse em equipamentos para atender aos veículos a combustão, duvido que o resultado seria muito diferente.
RECOMENDADO PARA VOCÊ
GM prometeu uma revolução nos carros elétricos; veja o que deu errado
Trump quer eliminar crédito fiscal para carros elétricos; Tesla apoia
Cadillac lança Optiq: SUV elétrico de luxo está nos planos para o Brasil
Zeekr 7x: versão internacional do SUV elétrico é flagrada sem camuflagens
Cadillac Escalade IQ: ícone dos SUVs renasce como veículo elétrico ultraluxo
Teste BYD Yuan Pro: honesto como SUV elétrico urbano, mas há ressalvas
Cadillac Escalade IQ é anunciado como o 1º veículo elétrico da linha