Com uma matriz energética cada vez mais orientada para as energias renováveis, resta um ponto em que a mobilidade elétrica deve motivar cada vez mais os questionamentos sobre a sua efetiva sustentabilidade: a produção de baterias.
Um tema complexo, em que oportunidades industriais, implicações geopolíticas e ambientais se entrelaçam. E com os fabricantes cada vez mais empenhados em encontrar matérias-primas verdadeiramente limpas, em tudo, há uma questão sobre a qual muitos procuram clareza: será a dependência das baterias "pior" do que a do petróleo? Uma resposta vem hoje da Federação de Transporte e Meio Ambiente de ONGs ambientais.
Para destacar o assunto, a T&E desenvolveu um estudo interno, que pode ser encontrado na íntegra no final da matéria. O que ele diz? Comparada aos 17 mil litros de combustível queimados em média por um carro com motor térmico, a bateria de um carro elétrico "consome" em média 30 kg de matéria-prima, levando em consideração o processo de reciclagem.
Provas, de acordo com a federação, de que a dependência atual da Europa do petróleo excede em muito a necessidade de matérias-primas para as baterias. "Essa lacuna tende a aumentar ainda mais", insiste a T&E, "à medida que os avanços tecnológicos na próxima década reduzirão a quantidade de lítio necessária para fazer uma bateria de carro elétrico pela metade."
Além disso, a mesma tendência também será registrada com base nas estimativas para o cobalto, cuja necessidade diminuirá em mais de três quartos, e para o níquel (preocupação recente de Elon Musk) em cerca de um quinto.
"Esta é uma situação muito diferente da que atualmente vê a frota automóvel europeia quase totalmente dependente da importação de petróleo", insiste Tritto, segundo a qual "a melhor eficiência das baterias e o aumento do processo de reciclagem permitirão à UE dependerá muito menos da importação de matérias-primas do que do petróleo".
Finalmente, o estudo destaca mais uma vez que os veículos elétricos em geral seriam melhores do que seus equivalentes térmicos em termos de impacto climático, exigindo 58% menos energia ao longo de seu ciclo de vida do que um carro movido a gasolina.
Nesse sentido, o estudo conclui que mesmo em um país com uma matriz energética com forte componente de carvão, como a Polônia, um veículo totalmente elétrico emitiria 22% menos CO2 do que uma alternativa com motor a combustão.
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