Argentina irá proibir a venda de carros a combustão em 2041
Projeto de lei também prevê investimentos na infraestrutura e incentivos para a produção de carros elétricos no país
A Argentina irá proibir a venda de carros com motores a combustão a partir de 2041 e criará um sistema de incentivos à produção de carros elétricos no país. Essas, entre outras medidas, fazem parte do chamado Proyecto de Ley de Movilidad Sustentable (Projeto de Lei de Mobilidade Sustentável), apresentado pelo presidente Alberto Fernández ao Congresso nesta terça-feira (12).
O projeto propõe a criação de um regime de incentivos na indústria para a impulsionar a produção e a comercialização de carros elétricos. Elaborado pelo Ministro da Produção, Matías Kulfas, o plano também irá promover a criação de uma Agência Nacional de Mobilidade Sustentável, que terá como objetivo regulamentar os futuros veículos elétricos produzidos e vendidos na Argentina.
O projeto tem como meta a realização de investimentos da ordem de US$ 8 bilhões na indústria automotiva argentina até 2030, permitindo a criação de 21.000 empregos no setor. Também há metas para o transporte público avançar na incorporação de veículos elétricos em suas frotas.
Entre os motivos para a promoção da mobilidade sustentável no país estão a reversão da indústria automotiva local, atualmente deficitária, oportunidade de exportações em um segmento que cresce rapidamente em termos globais e a difusão de novas tecnologias e materiais.
A lei estabelece ainda um regime de incentivos tanto para os futuros compradores de carros elétricos como para a cadeia produtiva, incluindo a rede de fornecedores de componentes para a indústria da mobilidade elétrica, fabricantes de veículos elétricos, baterias e carregadores, entre outros.
Também haverá espaço para outras formas de propulsão com energia limpa, como retrofits (modernização de equipamentos e máquinas) e conversões para novas tecnologias, além de outras iniciativas ligadas a células de combustível ou GLP.
Antes mesmo da divulgação deste projeto de lei para incentivar a transição energética, a Argentina já começava a despertar interesse dos investidores internacionais por conta de suas reservas de lítio, essenciais para a produção de baterias para carros elétricos. O país sul-americano tem a segunda maior reserva de lítio no mundo e a terceira maior quantidade de reservas de lítio comercialmente viável, sendo superado apenas pelo Chile e a Austrália.
Fonte: Argentina Autoblog
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