A Horwin, que opera desde 2021 na importação de motos elétricas da China para o Brasil, está realizando um grande investimento para inaugurar em breve sua linha de montagem em Manaus (AM). 

Graças ao investimento de R$ 100 milhões, será possível criar uma linha de montagem em regime de CKD no Brasil, o que permitirá à empresa ampliar suas vendas no país. Isso aliado a tecnologia de bateria de íon de lítio com nióbio na composição, algo que está sendo desenvolvido em parceria com a CBMM e a Toshiba, permitirá à empresa emplacar mais de 100.000 motos elétricas no país em 2024. 

Galeria: Horwin CR6 - moto elétrica

De acordo com o cronograma, o protótipo com bateria que leva nióbio na composição que está sendo desenvolvido no Brasil será apresentado no primeiro semestre de 2022. Uma unidade do Horwin CR6, equipada com um motor de 6.200W de potência e com até 150 km de autonomia, será a primeira moto elétrica a receber a bateria de nióbio nesta fase de desenvolvimento.

Trata-se de uma bateria de íon de lítio que possui nióbio em sua composição. As principais vantagens anunciadas são capacidade de recarga ultrarrápida, da ordem de menos de 10 minutos em um carregador compatível e sem degradação do acumulador. Além disso, esse tipo de célula promete maior segurança e durabilidade em relações às baterias convencionais.

Célula bateria NTO 2 (Crédito Divulgação CBMM)
Célula bateria NTO 2 (Crédito Divulgação CBMM)

Mesmo custo

Segundo Priscila Favero, CEO da Horwin Brasil, o custo das motocicletas elétricas deve se manter no mesmo patamar atual, mesmo com a adoção das baterias com nióbio. Dessa forma, estima-se que o veículo custará cerca de R$ 43.000. Isso será possível graças a nacionalização da montagem e outras reduções de custo inerentes ao processo produtivo.

A Horwin é uma marca de origem chinesa, mas que atua exclusivamente no mercado internacional e já vendeu mais de 800.000 motos e scooters elétricos ao redor mundo. O centro de pesquisa e desenvolvimento global da empresa fica na Áustria.