Audi e-tron, elétrico mais vendido do Brasil, pode ter a produção reduzida

Sindicatos questionam diminuição dos volumes de produção, que ocorrerá em 2021

Audi e-tron - produção (Bélgica) (8) Audi e-tron - produção (Bélgica) (8)

De acordo com a edição belga do L'Echo, os trabalhadores da fábrica local da Audi, que produz os crossovers elétricos e-tron, foram notificados sobre um corte na produção em 2021. A própria empresa alemã não quis comentar esta informação, lembrando que o planejamento da produção pode variar de ano para ano.

Dessa forma, os motivos pelos quais a empresa decidiu cortar a produção do e-tron não foram divulgados, portanto, só podemos especular sobre os reais motivos. A questão definitivamente não está na demanda pelo e-tron, que continua muito alta: na Europa, o modelo se tornou o mais vendido da categoria, ultrapassando o Tesla Model X. No entanto, a gestão da marca provavelmente está sendo guiada por questões financeiras.

O fato é que o e-tron se tornou uma questão de honra para a Audi. Vendo o sucesso da Tesla e não sendo capaz de desenvolver e lançar rapidamente uma linha de carros elétricos criados do zero, a Audi decidiu fazer um modelo baseado no crossover a gasolina Q7. Com essa abordagem, o custo do seu carro elétrico poderia ser alto até mesmo do que o Tesla, projetado desde o início como um elétrico.

Com base nisso, pode-se supor que o e-tron, apesar do sucesso com os compradores, gera prejuízo ao invés de lucro (ou ainda uma margem de lucro muito reduzida), e de uma forma geral o modelo se torna necessário apenas para ocupar uma fatia de um mercado importante para a marca.

No entanto, em meio à crise do coronavírus, a Audi também pode precisar economizar recursos. A empresa está preparando uma nova geração de modelos puramente elétricos, incluindo o  Q4 e-tron e o e-tron GT. Talvez, no crossover e-tron que já está no mercado, eles decidiram economizar dinheiro para investir em novos projetos e reduzir o volume de produção que não é tão lucrativa. 

Fonte: L'Echo