Toyota trabalha em bateria que promete autonomia de 1.000 km

Bateria de íons de flúor tem sete vezes mais densidade que as de íons de lítio.

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O desenvolvimento de baterias para carros elétricos é um dos pontos-chave na popularização da mobilidade elétrica, com as grandes marcas desenvolvendo projetos em várias frentes e com uma ampla diversidade de tecnologias empregadas. No caso da Toyota, a empresa reuniu uma equipe de cientistas da Universidade de Kyoto para testar uma nova geração de baterias para veículos elétricos, de acordo com o Nikei Assian Review.

O protótipo da bateria de íon de flúor tem como trunfo a densidade sete vezes maior que as baterias de íons de lítio, o que em tese garantiria autonomia de mais de 1.000 km com uma carga. Além disso, elas permitiriam um tamanho menor e seriam mais leves. Sua composição usa um ânodo ou eletrodo carregado negativamente, feito de flúor, cobre e cobalto, e um cátodo ou eletrodo carregado positivamente feito de lantânio.

Esse tipo de bateria (íons de flúor) é de estado sólido e realiza o seu trabalho em temperaturas muito altas (150 graus). Sendo esse um dos pontos críticos que impedem a sua aplicação comercial em larga escala; o objetivo do estudo é testar novos materiais usados ​​no ânodo para permitir que a bateria possa ser carregada e descarregada sem perder capacidade, independentemente da temperatura.

As baterias de íons de flúor foram inventadas em 1985, mas sua produção em massa começou apenas em 1991. A Toyota é um dos principais defensores do desenvolvimento de baterias de estado sólido. Ao mesmo tempo, o surgimento de baterias funcionais para veículos elétricos criados com essa tecnologia ainda têm um longo caminho pela frente e dificilmente será possível vê-las no mercado nos próximos dez anos.