Em breve, a mobilidade elétrica no transporte público de São Paulo (SP) contará com uma nova opção. A Higer Bus, fabricante chinesa de ônibus elétricos, confirmou o projeto para iniciar a produção de veículos no Brasil a partir de 2023, após uma fase inicial de importação e testes dos primeiros ônibus.
Segundo o cronograma da empresa chinesa, a importação regular dos primeiros ônibus elétricos irá acontecer no início de 2022. Nesse período, terão início os primeiros testes com o ônibus elétrico Azure A12BR coordenados pela SPTrans, que após o processo de homologação será incorporado à frota do município de São Paulo.
O veículo elétrico possui 12,2 metros de comprimento e capacidade para até 70 passageiros. Alimentado exclusivamente por baterias, possui autonomia de 270 km com uma carga e tempo de recarga declarado de 2,5 horas para uma carga completa. O ônibus possui piso baixo, ar-condicionado, suspensão a ar, carregadores USB e conexão à internet através de Wi-Fi.
De acordo com a Higer Bus, nesta primeira fase os ônibus elétricos serão importados por meio da empresa de soluções de transporte limpo, TEVX Motors, criada para prestar serviços de pós venda e de peças de reposição, além da importação propriamente dita dos veículos elétricos.
"A Higer Bus se comprometeu a fazer inicialmente investimentos da ordem US$10 milhões junto ao C40, no Projeto Zebra, para a criação de infraestruturas de produção de modo a atender ao grande potencial deste mercado em nosso País", explica Marcelo Barella, diretor geral da Higer Bus para América do Sul. O C40 Cities é o grupo de lideranças climáticas das maiores cidades do mundo e o Zebra vem das iniciais de “Acelerador de Implantação Rápida de Ônibus de Emissão Zero”, em inglês.
Ao mesmo tempo em que chegarem os primeiros ônibus elétricos, a empresa trará ao Brasil o Azure para fretamento, com a mesma autonomia de 270 km do modelo urbano. E os planos não param por aí: até o fim do primeiro semestre de 2022 chegam ao país as primeiras vans elétricas de carga e de passageiros.
Após a chegada dos veículos elétricos, a Higer Bus iniciará a nacionalização gradual (período de 2 anos) da oferta de peças de reposição, para logo em seguida iniciar a produção local dos veículos elétricos.
"Nossos fornecedores têm fábricas instaladas no Brasil, como ZF, Dana, Valeo, Bosch, Siemens. Isso vai facilitar o acesso às peças para manutenção e baratear os custos. E até 2023 queremos utilizar os componentes fabricados aqui para terminar de montar o ônibus. Isso garante uma transferência de tecnologia importante para o País", diz Marcelo Barella.
Criada em 1998 na China, a Higher Bus possui atualmente uma receita anual de US$ 1,5 bilhão e capacidade para produzir 35.000 veículos, sendo 30% exportados para mais de 120 países ao redor do globo.
Fonte: HigerBus
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