A montadora chinesa BYD está buscando uma extensão da isenção tarifária para importações de veículos elétricos junto ao governo do México, conforme declarou um executivo em entrevista ao jornal mexicana Reforma. A empresa planeja construir uma fábrica no país.

Um decreto que isenta entre 15% e 20% dos pagamentos tarifários sobre veículos elétricos importados de países com os quais o México não possui acordo comercial está previsto para expirar no final do mês de setembro, enquanto o presidente Andrés Manuel López Obrador se prepara para deixar o cargo. "A proposta ao governo mexicano é avaliar a possibilidade de, por meio de nosso investimento em uma nova fábrica, criar as condições para estender o decreto", disse Jorge Vallejo, chefe da BYD no México.

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Vallejo também afirmou que a proposta da BYD inclui alternativas, como a aplicação de uma tarifa zero, uma tarifa preferencial para a empresa ou uma tarifa baseada em cotas. O executivo destacou ainda que a BYD aguarda uma resposta do governo.

A sucessora de López Obrador, a ex-prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, assumirá o cargo em 1º de outubro, e Vallejo acrescentou que a empresa esperará a nova administração se posicionar. Em agosto, Vallejo disse à Reuters que a BYD havia reduzido a lista de estados finalistas para a localização de sua futura fábrica para três.

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A BYD iniciou as vendas no México no ano passado por meio de importações e, desde então, anunciou planos para construir uma fábrica local com capacidade de produção de até 500 mil carros por ano para o mercado interno. No entanto, esses planos foram supostamente adiados até o fim das eleições nos Estados Unidos, outro entrave na decisão da montadora chinesa, já que tanto Biden, que estava concorrendo ao pleito, como Donald Trump, já admitiram que planejam novas tarifas para modelos vindos de fora do país estadunidense.