Seguindo firme na estratégia de eletrificação do transporte público, a capital da Rússia comemora seu 900º ônibus elétrico a bateria que foi colocado em serviço, reforçando a frota zero emissões de Moscou, que atualmente é uma das maiores do mundo.

A Mosgortrans, empresa que administra a rede de ônibus e bondes em Moscou, mostrou imagens de vários veículos decorados para o período de festas. Considerando que havia cerca de 500 ônibus elétricos em operação em novembro de 2020, a cidade adicionou 400 unidades desde então e não está muito longe de sua meta de 2021 de 1.000 ônibus elétricos. A maioria dos veículos é fornecida pela Kamaz, alimentada por baterias de titâno de lítio (LTO).

900 ônibus elétricos em Moscou
900 ônibus elétricos em Moscou

Até o final da década, Moscou pretende substituir todos os seus ônibus para unidades elétricas e as compras de ônibus a diesel regulares já estão em espera. A Mosgortrans informa (via Green Car Congress) que os veículos elétricos serão usados em 66 rotas com uma extensão total de quase 800 km, transportando mais de 150 milhões de passageiros cumulativamente em breve (foram 77 milhões de passageiros em 2021).

A cidade tem mais de 150 estações de carregamento rápido, mas isso é só o começo. Até o final de 2023, serão pelo menos 500 estações.

A frota de ônibus elétricos deve se expandir em 2022 e 2023, atingindo mais de 2.000 veículos. Até o final de 2024, pode haver mais de 3.000 unidades. 

Até onde sabemos, apenas cidades na China têm um número maior (significativamente maior) de ônibus elétricos a bateria, embora a tendência de eletrificação seja clara também na Europa. Os ônibus elétricos tiveram participação notável (6,1%) em novas compras na União Europeia já em 2020.

No Brasil, já existem iniciativas interessantes para a expansão das frotas de ônibus elétricos a bateria, notadamente em São Paulo (SP), mas também em outras capitais. No entanto, em termos de volumes, ainda estamos engatinhando perante países como a Rússia e outras nações da União Europeia, pra não deixar de citar os vizinhos, Chile e Colômbia, bem mais adiantados com a eletrificação do transporte público.