• Mercedes-Benz fecha parceria com a gigante chinesa CATL
  • Sedã elétrico EQS será o primeiro a receber as novas e mais eficientes baterias  

A parceria entre Mercedes e CATL dá um passo importante. O caminho para a eletrificação da gama da marca alemã contará com o apoio da gigante chinesa de baterias, assim como a Tesla e a Honda. Ela trabalhará em estreita colaboração com os técnicos de Stuttgart para desenvolver uma série de novas tecnologias capazes de otimizar o funcionamento das baterias.

Aparentemente, grande parte do trabalho de desenvolvimento se concentrará no esquema 'cell to pack' da CATL, que elimina a presença de módulos, integrando as células "diretamente" na bateria.

Galeria: Flagra: Mercedes-Benz EQS

O objetivo final dessa colaboração entre a Mercedes e a empresa chinesa líder no desenvolvimento de baterias de íons de lítio é levar tecnologia aos futuros modelos elétricos da marca alemã, capazes de garantir, por um lado, um nível cada vez maior de autonomia e menor tempo de recarga. Para isso, o trabalho se concentrará no aumento da densidade de energia (o que já está sendo feito pela Tesla e a Panasonic) das futuras baterias e no funcionamento das células, o verdadeiro coração das baterias.

E isso não é tudo. Como afirma Markus Schäfer, membro do conselho de administração da Mercedes, a colaboração com a CATL permitirá à Mercedes explorar tecnologias neutras em carbono na produção de baterias, contando com fornecedores que já usam energia renovável para os diversos processos de produção. 

Além disso, a abertura da nova fábrica CATL em Erfurt, na Alemanha, também permitirá reduzir drasticamente o impacto da movimentação de insumos.

A estréia no EQS

Poderemos ver os primeiros resultados concretos dessa colaboração no ano que vem, quando o novo Mercedes EQS será apresentado.

O sedã elétrico sem precedentes do fabricante alemão, de fato, fará sua estréia com todas as tecnologias mais recentes oriundas desta colaboração e que permitirão que o modelo percorra mais de 700 km (de acordo com o ciclo WLTP) com a promessa de reduzir pela metade os tempos de recarga. E neste momento fica a pergunta: é possível que o carro-chefe da Mercedes receba a super bateria de 2 milhões de km CATL?